CASACOR SP: A personalidade do preto inspira a Suíte Black

Gustavo Neves assina o ambiente cosmopolita que poderia estar em um hotel de qualquer metrópole do mundo

Por Fernanda Drumond
Atualizado em 30 jan 2018, 18h19 - Publicado em 5 jul 2017, 17h06

O preto, que absorve todas as cores e não as reflete, aparece de forma única, sem artifícios. Esse é o conceito que norteia a Suíte Black, assinada por Gustavo Neves, que possui uma mistura de peças e materiais resultando em um ambiente nada comum na CASACOR São Paulo 2017. O profissional projetou um espaço cosmopolita que poderia estar em um hotel de qualquer metrópole do mundo.

Seguindo a identidade de seu trabalho, o ambiente conta a história do prédio que recebe o espaço a partir do estuque aparente e das paredes descascadas no banheiro que incorporam a personalidade e a trajetória do Jockey Club no projeto. Para valorizar o pé-direito alto que atinge 4,80 m, o profissional adicionou abóbadas ao espaço de 55 m² .

A suíte ganhou ainda mais personalidade com as peças desenhadas pelo profissional e lançadas exclusivamente na mostra, como a cama executada em madeira e tratada com carbonização. O mobiliário é ainda é composto por peças dos Irmãos Campana e uma cadeira do designer inglês Mark Brazier-Jones.

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Em composição com a essência do concreto aparente, as duas obras no banheiro, Estudo para Facadas 1 e 2, impressas com jato de tinta sobre papel algodão, fazem parte de um ensaio da artista brasileira Lenora de Barros, contestando a espetacularização da imagem. Outras peças de arte complementam a narrativa da suíte: uma escultura em bronze do Caíto, o simbólico La Tête du Cheval de Sofia Borges e o quadro de Dudi Maia Rosa, produzido com resina poliéster pigmentada e fibra de vidro, que dá um toque de cor ao espaço predominantemente preto.