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Art Déco: o que é e quais as características do movimento arquitetônico

Estilo surgiu em meados dos anos 1920, na Europa, como uma aliança entre diversos movimentos como cubismo e principalmente Art Nouveau

Por Yeska Coelho
8 jan 2024, 10h37

Arte e arquitetura se misturam muitas vezes, e no estilo Art Déco isso fica ainda mais evidente. Trata-se de um movimento arquitetônico que surgiu na França, em 1920, pós-Primeira Guerra Mundial, quando o país passava por uma onda de criatividade na moda, no design e na arquitetura.

Em 1925 ocorreu a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas em Paris, um dos grandes marcos do movimento, que evidenciou a presença de diferentes estilos que estavam em alta durante o século, especialmente entre as classes mais ricas da “alta sociedade”. O Art Déco, nada mais é, do que um “mix” desses movimentos que estavam surgindo e se consolidando na arte.

Art Déco

Um dos movimentos artísticos que serviu de maior inspiração para a arquitetura do período foi o Art Nouveau, que mesclava linhas assimétricas com formas e desenhos abstratos. Em linhas gerais, era uma combinação entre o modernismo e o cubismo.

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Características do Art Déco

 

Art Déco
(Unsplash/CASACOR)

Nascido em um momento de criatividade, o movimento Art Déco também é conhecido pelo uso de materiais refinados e por suas composições luxuosas – que estavam em total sinergia com a burguesia, grande entusiasta do movimento. Revestimentos como jade, laca, marfim e veludo foram bastantes comuns nas obras arquitetônicas.

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A partir do início de 1930, o movimento passou por uma mudança e outros materiais mais acessíveis passaram a incorporar o estilo, como concreto e aço inox. É nesse momento que as referências modernistas se fazem mais presentes.

Art Déco
(Unsplash/CASACOR)

Essa mudança de rumo foi essencial para a popularização e democratização do estilo. Nesse momento surgem algumas das obras arquitetônicas mais relevantes do Art Déco, como o Edifício Chrysler (em Nova York), em 1930, e o Empire State (também em NY), feito por William Lamb, em 1931.

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Art Déco
(Unsplash/CASACOR)

Esse foi um momento bastante decisivo nos Estados Unidos para a criação de arranha-céus e monumentos grandiosos. O Chrysler, por exemplo, superou o tamanho da Torre Eiffel, e até hoje está entre os maiores prédios do mundo.

Art Déco no Brasil

 

Art Déco
(Unsplash/CASACOR)

A influência do estilo europeu não demorou a chegar no Brasil. O Rio de Janeiro abraçou o movimento, e sua obra mais famosa, o Cristo Redentor, é um dos maiores exemplos de criação Art Déco.

Com 38 metros e a uma distância de mais de 700 metros do nível do mar, o Cristo foi criado pelo artista francês Paul Landowski e foi um dos marcos de sua carreira, considerado como uma das maiores esculturas de representação do movimento no mundo todo – e que também recebeu o título de sétima maravilha do mundo moderno.

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Outras obras brasileiras também são evidências do Art Déco no Brasil, como o Teatro Carlos Gomes, em Vitória (ES) e a Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

Mesmo sendo um movimento arquitetônico antigo, o Art Déco segue influenciando estilos até hoje no mundo todo, desde projetos residenciais até grandes construções modernas. No design de interiores, é uma forma de trazer arte e criatividade para composições únicas e sofisticadas.

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