Edifício de madeira? Arquitetos suecos mostram que isso já é possível
Batizado como Nodi, o prédio é um espaço comercial que abriga quatro andares de escritórios e um complexo varejista no térreo
Não é incomum ver a madeira protagonizando a decoração de ambientes – especialmente entre aqueles que amam uma marcenaria –, mas quem diria que uma edificação pudesse ser feita desse mesmo material? Para provar isso, os arquitetos do estúdio White Arktekter, na Suécia, concluíram em novembro do ano passado um edifício comercial que explora tanto a madeira como o vidro em sua estrutura.
Batizado de Nodi, o escritório foi criado justamente para mostrar a resistência e o potencial estrutural da madeira. Os arquitetos apostaram em uma “estrutura invertida” que permite que as placas de piso aumentem de tamanho e reforcem a estrutura, da base para o topo, do bloco de cinco andares.
A madeira está presente tanto na parte externa como interna do projeto. Esta é uma construção de vigas de madeira laminada colada, também conhecida como “glulam”, que foi fabricada pela empresa sueca Moelven usando abetos cultivados no centro da Suécia e na Noruega.
“Queríamos expor o máximo possível da moldura de madeira, para mostrar a estética simples, mas expressiva da madeira”, disse Joakim Hansson, principal arquiteto do projeto.
O espaço é voltado para diversas atividades comerciais – especialmente varejistas. O prédio possui quatro andares de escritórios e lojas, que ficam no piso térreo. Todos os espaços de trabalho são bem equipados, com uma estrutura completa que abriga salas de reuniões, cozinhas, banheiros, escada e elevadores.
Sustentabilidade
Com o projeto, a White Arkitekter tornou-se a primeira empresa a fazer uso de madeira para edificação, tendo se comprometido a neutralizar a emissão de carbono em todos seus edifícios até 2030.
O estúdio – que possui escritórios em toda a Suécia, bem como unidades no Reino Unido, Dinamarca e Noruega – também concluiu recentemente uma das torres de madeira mais altas do mundo e o primeiro hotel de energia zero da Escandinávia.
Fonte: Dezeen