Sítio Roberto Burle Marx, no Rio de Janeiro, está reaberto para visitação
Antiga residência do grande mestre Burle Marx, o local abriga mais de 3.500 espécies de plantas, além de pinturas e móveis da coleção pessoal do paisagista
Uma boa notícia para todos os cariocas: o Sítio Roberto Burle Marx já está reaberto para visitação, após permanecer fechado para uma renovação que durou três anos. Localizado em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, o local serviu de residência ao grande mestre do paisagismo brasileiro, Burle Marx, de 1973 até 1994, quando veio a falecer. Hoje, o sítio é um forte candidato ao Patrimônio Mundial Cultural da Unesco, dada sua importância como lugar de memória, um repositório ímpar das múltiplas dimensões da vida e obra do paisagista.
O Sítio Burle Marx dispõe de um acervo botânico único, além de pinturas, gravuras, móveis, cerâmicas, tapeçarias, murais, painéis de azulejos, obras de artistas consagrados e do próprio paisagista – todos itens de sua coleção particular. Os trabalhos para requalificação começaram em outubro de 2018 e são fruto de um projeto idealizado e realizado pelo Intermuseus, com apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da Lei de Incentivo à Cultura e parceria com o Sítio Roberto Burle Marx/IPHAN.
A reabertura da casa virá acompanhada de restrições: por conta da pandemia, só será possível observar o interior da residência a partir das portas e janelas. O número de pessoas por grupos foi reduzido – agora, as visitas guiadas acontecem com no máximo cinco pessoas. O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, às 13h, 13h30 e 14h. As reservas podem ser feitas pelo site oficial ou pelo telefone (21) 2410-1412.
Sobre Burle Marx
Nascido em 1909 em São Paulo e criado no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1994, Burle Marx se tornou conhecido internacionalmente como um dos paisagistas mais relevantes do século XX. Criou o conceito de jardim tropical moderno, promovendo uma mudança de paradigma no paisagismo mundial, baseado em formas modernas e no uso de plantas tropicais e subtropicais, rompendo com a tradição de jardins clássicos e românticos do século XIX e início do XX.
Burle Marx foi também artista plástico, pintor, escultor, designer de joias, figurinista, cenógrafo, ceramista e tapeceiro. Todas essas facetas do artista podem ser apreciadas na propriedade que foi para ele um grande laboratório de experimentações botânicas e artísticas, onde morou e produziu em seus últimos vinte anos de vida.